O NICE acaba de publicar uma revisão da sua orientação clínica para a abordagem da hipertensão arterial. Nesta nova edição, apresenta uma recomendação que vem mudar a forma como é efectuado o diagnóstico da hipertensão arterial. Uma mudança na prática clínica que se compreende, que é sustentada na evidência científica e que me parece bem-vinda.
Tradicionalmente, o diagnóstico da Hipertensão Arterial era efectuado pela medição repetida, em diferentes ocasiões, dos valores da pressão arterial. A partir de agora se o paciente apresentar valores superiores a 140/90 mmHg, recomenda-se a realização de um MAPA (Monitorização Ambulatória da Pressão Arterial).
Através desta medida, evita-se o diagnóstico desnecessário de pacientes que apresentam o efeito da bata branca (valores mais elevados da pressão arterial no consultório) e evitam-se os danos que daí poderiam advir: tratamentos desnecessários, consultas desnecessárias, efeitos secundários dos tratamentos, exames complementares de diagnóstico desnecessários.
Esta é uma recomendação sensata e que se adequa aos bons princípios da prevenção quaternária, em defesa da segurança do paciente.
À atenção do Ministério da Saúde: justificar-se-á equipar as UCSPs/USFs com equipamentos de MAPA? O que será mais rentável: manter este exame através de serviços convencionados ou realizar este exame nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários do SNS?
A guideline original (em inglês) pode ser lida aqui: http://www.mgfamiliar.net/NICEHTA.pdf
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Obviamente fornecer MAPAs às unidades de saúde.
ResponderEliminarO custo do aparelho ronda valores aproximados entre 2500 e os 3000 euros/ unidade, excluindo custos de manutenção. O que leva a que o custo atribuível a cada utente com HTA seria de aproximadamente 1 euro/doente para a compra do aparelho e cobrir alguns custos de manutenção... Algo na minha opinião perfeitamente exequível, partindo do pressuposto que quem gere o pib Português destinado à Saúde dos Portugueses sabe o que realmente faz...
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