Apelamos aos médicos para:
- Reconhecerem que têm um imperativo ético para partilhar decisões importantes com os pacientes
- Estimularem o fluxo bidirecional de informação e encorajarem os pacientes a fazer perguntas, a explicarem a sua situação, e a expressarem as suas preferências pessoais
- Fornecerem informações precisas sobre as opções e as incertezas, benefícios e malefícios do tratamento, em conformidade com as melhores práticas de comunicação de risco
- Adequarem a informação às necessidades de cada paciente, permitindo-lhe tempo suficiente para analisar as suas opções
- Reconhecerem que a maioria das decisões não têm que ser tomadas imediatamente, e dar aos pacientes e aos seus familiares os recursos e ajudar a tomar decisões
Apelamos aos médicos, investigadores, editores, jornalistas e outros para:
- Assegurarem que a informação que fornecem é clara, baseada em evidência científica actualizada, com - a devida declaração de interesses
Apelamos aos pacientes para:
- Falarem sobre as suas preocupações, dúvidas, e sobre o que é importante para eles
- Reconhecerem que eles têm o direito de ser um participante igual nos seus cuidados
- Procurarem e utilizarem informação sobre saúde de alta qualidade
Apelamos aos decisores políticos para:
- Adotarem políticas que incentivem a prática da decisão partilhada, incluindo a sua medida, como um estímulo para a melhoria
- Alterarem as leis do consentimento informado leis de forma a contribuir para o desenvolvimento de capacidades e ferramentas para a prática da decisão partilhada
Porquê
- Grande parte dos cuidados que os pacientes recebem baseiam-se na capacidade e disponibilidade individual dos clínicos para os fornecer, em vez de padrões amplamente acordados das melhores práticas ou das preferências dos pacientes.
- Os clínicos são muitas vezes lentos em reconhecer até que ponto os pacientes desejam ser envolvidos no entendimento dos seus problemas de saúde, em saber as opções disponíveis para eles, e na tomada de decisões que tenham em consideração as suas preferências pessoais.
- Muitos pacientes e as suas famílias têm dificuldade em tomar parte activa nas decisões de saúde. Alguns não têm confiança para questionar os profissionais de saúde. Muitos têm apenas uma compreensão limitada sobre a saúde e os seus determinantes e não sabem onde encontrar informações claras, confiáveis e de fácil compreensão.
Fonte: BMJ 2011;342:d1745
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